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The genius puppetry behind War Horse | Handspring Puppet Company

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. . .



 


. . .



 

00:00...
...

[1] 00:15Adrian Kohler. Bem, nós estamos aqui hoje
Tradutor: Nuno Miranda Ribeiro

[2] 00:17para falar sobre a evolução do cavalo marionete.
Adrian Kohler: Estamos aqui hoje

[3] 00:21Basil Jones: Mas na verdade nós vamos começar esta evolução
para falar sobre a evolução da marioneta de um cavalo.

[4] 00:24com a hiena.
Basil Jones: Mas vamos começar essa evolução com uma hiena.

[5] 00:26AK. A ancestral do cavalo.
AK: O antepassado do cavalo.

[6] 00:28Ok, nós vamos fazer alguma coisa com ela.
Ok, havemos de arranjar qualquer coisa.

[7] 01:01Risos
(Risos)

[8] 01:05Hahahahahahahahaha
Ha-ha-ha-ha.

[9] 01:24A hiema é a ancestral do cavalo
A hiena é o antepassado do cavalo

[10] 01:27porque ela era parte de uma produção
porque fez parte duma produção

[11] 01:29chamada "Faustus na África."
chamada "Faustus in Africa,"

[12] 01:31uma produção da Handspring de 1995
uma produção Handspring de 1995,

[13] 01:34onde ela teve que jogar damas com Helena de Troia.
em que ela tinha que jogar às damas com Helena de Troia.

[14] 01:37Esta produjção foi dirigida
Essa produção foi dirigida

[15] 01:39pelo artista sul africano e diretor de teatro,
por um artista e produtor de teatro sul-africano,

[16] 01:41William Kentridge.
William Kentridge.

[17] 01:43Então ela precisava de uma pata frontal bem articulada.
Precisava duma pata da frente muito articulada.

[18] 01:51Mas como todas as marionetes, ela tem outros atributos.
Mas, como todas as marionetas, tem outros atributos.

[19] 01:54BJ: Um deles é a respiração,
BJ: Um deles é a respiração,

[20] 01:57e ela meio que respira.
e ela, de certo modo, respira.

[21] 01:59AK: Haa haa haa
AK: Ah... ah... ah...

[22] 02:04BJ: Respiração é mesmo importante para nós.
BJ: A respiração é muito importante para nós.

[23] 02:07É um tipo de movimento original
Para nós, é o tipo de movimento original

[24] 02:09para qualquer marionete para nós no palco
de qualquer marioneta, em palco.

[25] 02:12É a coisa que distingue a marionete -
É o que distingue a marioneta...

[26] 02:15AK: Oops
AK: Ops.

[27] 02:17BJ: de um ator.
BJ: ... de um ator.

[28] 02:19Marionetes sempre têm que tentar ganhar vida.
As marionetas têm sempre de tentar estar vivas.

[29] 02:22É o seu tipo de estória no palco
É a sua espécie de protohistória em palco,

[30] 02:26aquele desespero para viver
um desespero de viver.

[31] 02:28AK: Sim, isto é basicamente um objeto sem vida, como vocês podem
AK: Sim, basicamente é um objeto morto, como podem ver,

[32] 02:31e ele somente vive
e só vive porque a fazemos viver.

[33] 02:33porque você o faz viver.
Um ator luta para morrer em palco,

[34] 02:35Um ator se esforça para morrer no palco,
mas uma marioneta tem de lutar para viver.

[35] 02:37mas uma marionete tem que lutar para viver.
De certa forma, isso é uma metáfora para a vida.

[36] 02:39E de uma maneira que é uma metáfora para a vida.
BJ: Em cada momento em que está no palco, está a lutar.

[37] 02:41BJ: Então a cada momento que ela está no palco, ela faz aquele esforço.
Chamamos a isto

[38] 02:44Então nós chamamos isto
uma peça de engenharia emocional

[39] 02:47uma peça de engenharia emocional
que usa a mais recente

[40] 02:51que utiliza tecnologia do
tecnologia do século XVII...

[41] 02:54século 17 bastante atualizada -
(Risos)

[42] 02:56Risos
... para transformar substantivos

[43] 02:58para tornar substantivos
em verbos.

[44] 03:00em verbos.
AK: Na verdade eu prefiro dizer que é um objeto

[45] 03:02AK: Bem na verdade eu prefiro dizer
construído a partir de madeira e tecido

[46] 03:04que isto é um objeto
imbuído de movimento

[47] 03:06construído com madeira e pano
para vos convencer a acreditar que tem vida.

[48] 03:08com movimento interno
BJ: Certo.

[49] 03:10para persuadir vocês a acreditar que ele tem vida.
AK: Tem orelhas que se movem passivamente

[50] 03:13BJ: Ok então.
quando a cabeça se mexe.

[51] 03:15AK: E ele tem orelhas que se movem passivamente
BJ: E tem estas anteparas

[52] 03:17quando a cabeça se movimenta.
feitas de contraplacado,

[53] 03:19BJ: E ele tem este anteparo
cobertas de tecido,

[54] 03:22feito de madeira compensada,
curiosamente semelhantes

[55] 03:24coberta com tecido -
às canoas de contraplacado

[56] 03:26curiosamente semelhante, de fato,
que o pai do Adrian costumava fazer,

[57] 03:28às canoas de madeira compensada
quando era miúdo, na oficina.

[58] 03:30que o pai de Adrian costumava fazer
AK: Na aldeia à saída de Port Elizabeth, na África do Sul.

[59] 03:32na sua oficina quando ele era um garoto
BJ: A mãe dele era bonecreira.

[60] 03:35AK: em Porto Elizabeth, a vila do lado de fora de Porto Elizabeth, na África do Sul
Quando nos conhecemos na escola de arte

[61] 03:38BJ: Sua mãe era uma marionetista.
e nos apaixonámos, em 1971,

[62] 03:40E quando nós nos conhecemos na escola de arte
eu detestava marionetas.

[63] 03:42e nos apaixonamos
Pensava mesmo que não estavam à minha altura.

[64] 03:44em 1971.
Queria tornar-me um artista de vanguarda

[65] 03:46eu detestava as marionetes.
e Punch e Judy não era seguramente onde eu queria ir.

[66] 03:48Eu realmente pensava que elas eram tão insignificantes para mim.
De facto, demorei cerca de 10 anos a descobrir

[67] 03:51Eu queria me tornar um artista de vanguarda
as marionetas Bambaro Bamana do Mali na África Ocidental,

[68] 03:54e Punch e Judy não eram cerrtamente onde eu queria ir
onde existe uma fabulosa tradição de marionetas,

[69] 03:57E de fato, levou cerca de 10 anos.
para aprender um respeito renovado, ou novo,

[70] 03:59para descobrir
por esta forma de arte.

[71] 04:01as marionetes de Bamaro bambano do Mali, no oeste da África
AK: Em 1981, convenci o Basil e alguns amigos meus

[72] 04:05onde há uma fabulosa tradição de marionetes,
a formar uma companhia de marionetas.

[73] 04:09para aprender um renovado, ou um novo, respeito
E 20 anos mais tarde, por milagre,

[74] 04:13a esta forma de arte.
colaborámos com uma companhia do Mali,

[75] 04:15AK: Então em 1981, eu convenci Basil e alguns amigos meus
a Sogolon Marionette Troupe de Bamako,

[76] 04:18a formar uma companhia de marionetes.
onde fizemos uma peça sobre uma girafa alta.

[77] 04:20E 10 anos depois, milagrosamente,
Chamava-se "Cavalo Alto" e era uma girafa de tamanho real.

[78] 04:23nós colaboramos com uma companhia de Mali,
BJ: E aqui de novo, vemos a mesma estrutura.

[79] 04:25o Grupo Sogoton Marionete, de Bamako,
As anteparas agora transformaram-se em aros de cana,

[80] 04:28onde nós fizemos uma peça sobre uma girafa alta.
mas é fundamentalmente a mesma estrutura.

[81] 04:30Ela era chamada "Cavalo Alto" que era uma girafa de tamanho natural.
Tem dentro duas pessoas em cima de andas,

[82] 04:33BJ: E aqui de novo, vocês veem a mesma estrutura.
que lhe dão a altura,

[83] 04:35Os anteparos agora se transformaram em aros de bengala,
e alguém à  frente

[84] 04:40mas é em última instância a mesma estrutura.
que usa uma espécie de volante para mover a cabeça.

[85] 04:42Ela leva duas pessoas no seu interior sobre pernas de pau,
AK: A pessoa nas patas traseiras

[86] 04:44as quais lhes dão a altura,
também controla a cauda, um pouco como a hiena

[87] 04:46e alguém na frente
- o mesmo mecanismo, apenas um pouco maior.

[88] 04:48que usa um tipo de roda de direção para mover a cabeça.
E controla o movimento das orelhas.

[89] 04:51AK: A pessoa nas patas traseiras
BJ: Esta produção

[90] 04:53também controla a cauda, à semelhança da hiena -
foi vista pelo Tom Morris

[91] 04:56o mesmo mecanismo, só um pouco maior.
do National Theatre em Londres.

[92] 04:59E ele controla o movimento das orelhas.
E por essa altura,

[93] 05:03BJ: Então esta produção
a mãe dele disse:

[94] 05:05foi vista por Tom Morris
"Já viram este livro do Michael Morpurgo

[95] 05:07do Teatro Nacional em Londres.
"chamado "War Horse" [Cavalo de Guerra]?"

[96] 05:09E por aquela época,
AK: Há um rapaz que se apaixona por um cavalo.

[97] 05:12sua mãe tinha dito,
O cavalo é vendido para a I Guerra Mundial,

[98] 05:14"Você viu este livro de Michael Morpurgo
e ele alista-se para procurar o seu cavalo.

[99] 05:17chamado 'Cavalo de Guerra'?"
BJ: Então o Tom telefonou-nos e disse:

[100] 05:19AK: É sobre um garoto que se apaixona por um cavalo.
"Acham que conseguem fazer-nos um cavalo

[101] 05:21O cavalo é vendido para a Primeira Guerra Mundial,
"para um espetáculo no National Theatre?"

[102] 05:23e ele se alista para encontrar o seu cavalo.
AK: Pareceu uma ideia encantadora.

[103] 05:25BJ. Então Tom nos ligou e disse,
BJ: Mas tinha de ser montado.

[104] 05:27"Vocês acham que podem construir para nós um cavalo
AK: Tinha de ter um cavaleiro,

[105] 05:30para um show que irá acontecer no Teatro Nacional?"
e tinha de participar nas cargas de cavalaria.

[106] 05:32AK: Aquilo parecia uma adorável ideia.
(Risos)

[107] 05:34BJ: Mas ele tinha que cavalgar. Ele tinha que ter um cavaleiro.
Uma peça sobre a tecnologia do arado, do início do séc. XX

[108] 05:36AK: Ele tinha que ter um cavaleiro,
e cargas de cavalaria

[109] 05:38ele tinha que participar de cargas de cavalaria.
era um grande desafio para o departamento financeiro

[110] 05:41Risos
do National Theatre em Londres.

[111] 05:44Uma peça sobre a tecnologia de arar do início do século 20
Mas eles concordaram em ver no que dava, por uns tempos.

[112] 05:46e cargas de cavalaria
Então começámos com um teste.

[113] 05:48foi um pequeno desafio para o departamento de contabilidade
BJ: Estes são Adrian e Thys Stander,

[114] 05:50no Teatro Nacional de Londres
que se dedicaram a desenhar o sistema de canas para o cavalo,

[115] 05:52Mas eles concordaram em continuar com isto por um tempo.
e a nossa vizinha do lado, Katherine,

[116] 05:54Então nós começamos com um teste.
a cavalgar uma escada.

[117] 05:56BJ: Este é Adrian e Thys Stander.
O peso é bastante difícil quando está acima da cabeça.

[118] 05:59quem na verdade projetou o sistema de armação para o cavalo
AK: E assim que submetemos a Katherine

[119] 06:03e a nossa vizinha de porta Katherine,
àquele tipo específico de inferno,

[120] 06:05subindo em uma escada.
soubemos que talvez fôssemos capazes de fazer um cavalo que podia ser montado.

[121] 06:07O peso é realmente difícil quando está acima da sua cabeça.
Então fizemos um modelo.

[122] 06:10AK: E uma vez que Katherine
Este é um modelo em cartão

[123] 06:12passou por essa experiência do inferno,
um pouco mais pequeno que a hiena.

[124] 06:14nós soubemos que poderíamos ser capazes de constuir um cavalo que pudesse ser cavalgado.
Vão notar que as pernas são pernas de contraplacado

[125] 06:17Então nós construímos um modelo.
e a estrutura da canoa continua lá.

[126] 06:19Este é um modelo de papelão
BJ: Os dois manipuladores estão lá dentro.

[127] 06:21um pouco menor do que a hiena.
Mas não nos apercebemos na altura

[128] 06:23Vocês podem notar que as pernas são de compensado
de que precisávamos de um terceiro manipulador,

[129] 06:25e a estrutura de canoa ainda está lá.
porque não conseguíamos manipular o pescoço

[130] 06:27BJ: E os dois manipuladores estão no interior.
a partir de dentro

[131] 06:29Mas nós não percebemos naquela ocasião
e fazer andar o cavalo ao mesmo tempo.

[132] 06:31que na verdade nós precisaríamos de um terceiro manipulador,
AK: Começámos a trabalhar no protótipo

[133] 06:34porque nós não poderíamos manipular o pescoço
depois de o modelo ter sido aprovado

[134] 06:36de dentro
e o protótipo demorou um pouco mais

[135] 06:38e fazer o cavalo andar ao mesmo tempo.
do que estávamos à espera.

[136] 06:41AK: Nós começamos a trabalhar no protótipo
Deitámos fora as pernas de contraplacado e fizemos outras de cana.

[137] 06:43depois que o modelo foi aprovado,
E construímos uma caixa para o transportar.

[138] 06:45e o protótipo demorou um pouco mais
Tinha de ser enviado para Londres.

[139] 06:47do que havíamos previsto.
Íamos fazer um teste nas ruas na Cidade do Cabo,

[140] 06:49Nós tivemos que descartar as pernas de compensado e fazer uma nova armação.
mas chegou a meia-noite e ainda não o tínhamos feito.

[141] 06:52E nós construímos um contêiner para isso.
BJ: Então pegámos numa câmara,

[142] 06:54Ele teve que ser embarcado para Londres.
e pusemos a marioneta a fazer pose

[143] 06:56Nós iriamos fazer um teste-drive para ele na rua em frente a nossa casa na Cidade do Cabo,
em várias posturas de galope.

[144] 06:59e chegou a meia-noite e nós não tinhamos feito isso ainda.
E enviámos isso para o National Theatre,

[145] 07:02BJ. Então nós pegamos a câmera,
esperando que eles acreditassem

[146] 07:04e nós colocamos a marionete
que tínhamos criado algo que funcionava.

[147] 07:07em várias posições de galope.
(Risos)

[148] 07:12E a enviamos
AK: Um mês depois, estávamos em Londres

[149] 07:15para o Teatro Nacional,
com uma caixa grande e um estúdio cheio de pessoas para trabalhar connosco.

[150] 07:17esperando que eles acreditassem
BJ: Cerca de 40 pessoas.

[151] 07:19que tinhamos criado algo que funcionasse.
AK: Estávamos aterrorizados.

[152] 07:21Risadas
Levantámos a tampa, tirámos o cavalo

[153] 07:23AK: Um mês depois, nós estavámos em Londres
e ele funcionou mesmo; andou e era possível montá-lo.

[154] 07:25com esta grande caixa e um estúdio cheio de pessoas prestes a trabalhar conosco.
Tenho aqui um vídeo de 18 segundos

[155] 07:29BJ: Cerca de 40 pessoas,
dos primeiros passos do protótipo.

[156] 07:31AK: Nós estávamos aterrorizados.
Este é o estúdio do National Theatre,

[157] 07:33Nós abrimos a tampa e tiramos o cavalo para fora,
o local onde eles cozinham novas ideias.

[158] 07:35e ele funcionou, ele caminhou e era capaz de ser cavalgado.
Ainda não tinha, de forma alguma, recebido luz verde.

[159] 07:38Aqui eu tenho um clipe de 18 segundos
O coreógrafo, Toby Sedgwick,

[160] 07:40da primeira caminhada do protótipo.
criou uma bela sequência

[161] 07:43Este é o estúdio do Teatro Nacional,
em que o cavalo bebé,

[162] 07:45o lugar onde eles elaboram novas ideias.
que era feito de paus e pedaços de galhos,

[163] 07:47Ele não tinha conseguido a aprovação ainda.
crescia até se tornar o cavalo adulto.

[164] 07:57O coreógrafo, Toby Sedgwick,
E Nick Starr, o diretor do National Theatre,

[165] 07:59inventou uma linda sequência
viu esse momento específico e quase molhou as calças.

[166] 08:01onde o potrinho,
Então o espetáculo recebeu luz verde.

[167] 08:03que era feito de varas e pedaços de galhos
Regressámos à Cidade do Cabo e redesenhámos totalmente o cavalo.

[168] 08:06cresceu e se tornou o grande cavalo.
Eis o plano.

[169] 08:08E Nick Starr, o diretor do Teatro Nacional,
(Risos)

[170] 08:11viu aquele momento em particular - ele estava próximo a mim - ele quase chorou.
E eis a nossa fábrica na Cidade do Cabo

[171] 08:14E então nos foi dada a permissão para o show.
onde fazemos cavalos.

[172] 08:17E nós voltamos à Cidade do Cabo e redesenhamos completamente o cavalo.
Veem-se bastantes esqueletos ao fundo.

[173] 08:20Aqui está o plano.
Os cavalos são totalmente feitos à mão.

[174] 08:22Risos
Têm muito pouca tecnologia do séc. XX.

[175] 08:26E aqui é nossa fábrica na Cidade do Cabo
Usámos um pouco de corte a laser no contraplacado

[176] 08:28onde nós fazemos cavalos.
e em algumas das peças de alumínio.

[177] 08:31Vocês podem ver vários esqueletos lá nos fundos.
Mas como têm de ser leves e flexíveis,

[178] 08:35Os cavalos são feitos completamente a mão
e cada peça é diferente,

[179] 08:38Há muito pouca tecnologia do século 20 neles.
infelizmente, não podem ser produzidas em massa.

[180] 08:41Nós usamos um pouco de laser para o corte do compensado
Estão aqui alguns cavalos, meio acabados,

[181] 08:43e algumas peças de alumínio.
prontos a serem trabalhados em Londres.

[182] 08:45Mas como eles têm que ser leves e flexíveis
E agora gostaríamos de vos apresentar

[183] 08:47e cada um deles é diferente,
Joey.

[184] 08:50eles não podem ser produzidos em massa, infelizmente.
Joey, estás aí?

[185] 08:53Então aqui estão alguns cavalos semi-acabados
Joey.

[186] 08:56prontos para serem trabalhados em Londres.
(Aplausos)

[187] 08:59E agora nós gostaríamos de apresentar vocês
(Aplausos)

[188] 09:01a Joey.
Joey.

[189] 09:04Você está aí, garoto Joey?
Joey, anda cá.

[190] 09:07Joey
Não, não sou eu que tenho.

[191] 09:10Aplausos
Está no bolso dele.

[192] 09:28Aplauss
BJ: Joey.

[193] 09:51Joey
AK: Joey, Joey, Joey, Joey.

[194] 09:53Joey, vem aqui.
Joey!

[195] 10:10Não, não eu ainda não o peguei.
Anda cá. Fica aqui onde as pessoas te possam ver.

[196] 10:12Ele tem no seu bolso.
Mexe-te um pouco. Vá lá.

[197] 10:16BJ: Joey
Gostaria só de descrever...

[198] 10:28AK: Joey, Joey, Joey, Joey
Não vou falar muito alto. Ele pode enervar-se.

[199] 10:33Vem aqui. Fique aqui onde as pessoas possam vê-lo.
O Craig está a trabalhar com a cabeça.

[200] 10:43Circule. Vem .
Tem na mão cabos de travões de bicicleta

[201] 10:48Eu gostaria de descrever-
que descem até aos controlos da cabeça.

[202] 10:50Eu não vou falar muito alto. Ele poderia se irritar.
Cada um deles

[203] 10:55Aqui. Craig está trabalhando a cabeça.
opera ou uma orelha, separadamente,

[204] 10:58Ele tem cabos de freio de bicicleta
ou a cabeça, para cima e para baixo.

[205] 11:00descendo para controle principal na sua mão.
Mas também controla a cabeça diretamente

[206] 11:03Cada um deles
usando a mão.

[207] 11:05opera cada orelha, separadamente,
As orelhas são obviamente

[208] 11:08ou a cabeça para cima e para baixo.
um indicador emocional muito importante do cavalo.

[209] 11:10Mas ele também controla a cabeça diretamente
Quando apontam para trás,

[210] 11:13usando sua mão.
o cavalo está amedrontado ou zangado,

[211] 11:15As orelhas são obviamente
consoante o que se está a passa à frente dele, à volta dele.

[212] 11:17um indicador emocional muito importante do cavalo.
Quando está mais relaxado, a cabeça desce

[213] 11:20Quando elas apontam diretametne para trás
e as orelhas ficam à escuta, de cada um dos lados.

[214] 11:24o cavalo esta amedontrado ou irritado,
A audição dos cavalos é muito importante.

[215] 11:28dependendo do que está acontecendo na frente dele ou ao redor dele.
Quase mais importante que a visão.

[216] 11:31Ou, quando ele está mais relaxado, a cabeça baixa
Aqui,

[217] 11:33e as orelhas ouvem de ambos os lados.
o Tommy tem o que se chama a posição do coração.

[218] 11:38A audição dos cavalos é muito importante,
Está a trabalhar a perna.

[219] 11:40É quase mais importante do que sua visão.
Vê-se o tendão de corda da hiena,

[220] 11:44Aqui
da perna da frente da hiena,

[221] 11:46Tommy fez o que vocês chamam de a posição do coração.
puxa automaticamente a pata para cima.

[222] 11:49Ele está trabalhando a perna.
(Risos)

[223] 11:51Vocês veem o cordão do tendão da hiena
Os cavalos são tão imprevisíveis.

[224] 11:54a pata frontal da hiena
(Risos)

[225] 11:57automaticamente puxa o aro para cima
A forma como a pata vem para cima num cavalo

[226] 12:00Risadas
dá imediatamente a sensação

[227] 12:05Cavalos são tão imprevisíveis
de que é uma ação convincente de um cavalo.

[228] 12:07Risadas
As patas de trás têm a mesma ação.

[229] 12:11A maneira como o casco levanta no cavalo
BJ: E o Mikey tem também,

[230] 12:14imediatamente dá a vocês o sentimento
nos seus dedos,

[231] 12:16de que é realmente uma ação do cavalo.
a possibilidade de mexer a cauda

[232] 12:18As patas traseiras têm a mesma ação.
da esquerda para a direita,

[233] 12:24BJ: E Mikey também tem,
e para cima e para baixo com a outra mão.

[234] 12:26nos seus dedos,
E tudo junto, existe uma possibilidade bastante complexa

[235] 12:28a habilidade de mover a cauda
de expressão com a cauda.

[236] 12:30da esquerda para a direita,
AK: Queres dizer alguma coisa sobre a respiração?

[237] 12:32e para cima e para baixo com a outra mão.
BJ: Tivemos um grande problema com a respiração.

[238] 12:34E juntas, há várias e complexas possibilidades
O Adrian pensava

[239] 12:37de mover a cauda.
que ia ter de dividir o tórax da marioneta em dois

[240] 12:39AK: Você quer dizer alguma coisa sobre a respiração?
e fazê-la respirar dessa forma...

[241] 12:41BJ. Nós tivemos um grande desafio com a respiração.
porque era assim que um cavalo respiraria, expandindo o tórax.

[242] 12:44Adriam pensou
Mas percebemos que,

[243] 12:46que ele teria que separar o peito da marionete em dois
se isso acontecesse,

[244] 12:48e fazê-la respirar daquele jeito -
o público não iria ver a respiração.

[245] 12:50porque é como um cavalo respiraria, com um peito expandido.
Então ele fez um canal aqui,

[246] 12:53Mas nós compreendemos
e o tórax move-se para cima e para baixo nesse canal.

[247] 12:55que, se aquilo acontecesse
Este movimento para cima e para baixo é antirrealista,

[248] 12:57vocês na plateia não poderiam ver a respiração.
mas parece respiração.

[249] 12:59Então ele fez um canal aqui,
E é muito, muito simples

[250] 13:03e o peito se move para cima e para baixo naquele canal.
porque tudo o que acontece

[251] 13:06Então é anti-natural na verdade, o movimento de subir e descer
é que o bonecreiro respira com os joelhos.

[252] 13:08mas ele parece como a respiração.
AK: Mais coisas emocionais.

[253] 13:10E é muito, muito simples
Se eu tocar o cavalo aqui

[254] 13:12porque tudo que acontece
na sua pele,

[255] 13:14é que a marionete respira com os seus joelhos.
o bonecreiro do coração pode sacudir o corpo a partir de dentro

[256] 13:20AK: Outro material emocional.
e fazer a pele estremecer.

[257] 13:22Se eu fosse tocar o cavalo aqui
Vão notar, é claro, que a marioneta é feita de linhas de canas.

[258] 13:24na sua pele,
Gostaria que acreditassem que foi uma escolha estética,

[259] 13:27o marionetista principal pode sacudir o corpo por dentro
que eu estava a fazer um desenho 3D de um cavalo

[260] 13:30e fazer a pele tremer.
que se movimenta no espaço.

[261] 13:32Vocês notam, sem dúvida
Mas é claro, foi porque a cana é leve,

[262] 13:34que a marionete é feita de varetas atadas.
a cana é flexível, a cana é resistente,

[263] 13:36E eu gostaria que vocês acreditassem que isto foi uma escolha estética,
e a cana é moldável.

[264] 13:39que eu estava fazendo um desenho tridimensional de um cavalo
Por isso é por uma razão muito prática que é feito de cana.

[265] 13:41que de alguma forma se move no espaço.
A pele é feita de uma malha de nylon não opaca,

[266] 13:43Mas sem dúvida, era a vareta, ela é leve
que, se o engenheiro de luz

[267] 13:45a vareta é flexivel, durável,
quiser que o cavalo quase desapareça,

[268] 13:47e a vareta é moldável.
pode iluminar o fundo

[269] 13:49E então foi uma razão muito prática o por quê ela foi feita de varetas.
e o cavalo quase parece um fantasma.

[270] 13:52A pele
Podemos ver a sua estrutura tipo esqueleto.

[271] 13:54é feita de uma malha de nylon transparente,
Ou, se o iluminarem a partir de cima, torna-se mais sólido.

[272] 13:56a qual, se a projetista de iluminação
Mais uma vez, foi uma conclusão prática.

[273] 13:58quiser que o cavalo quase desapareça
Os tipos dentro do cavalo têm que poder ver para fora.

[274] 14:00ela pode iluminar a parte dos fundos
Têm que poder agir

[275] 14:02e o cavalo se torna um fantasma.
de acordo com os seus colegas atores na produção.

[276] 14:05Vocês veem a estrutura do esqueleto dele.
Estão envolvidos numa atividade muito momentânea.

[277] 14:07Ou se você o ilumina de cima, ele se torna mais sólido.
São três cabeças a criar uma personagem.

[278] 14:10De novo, isto foi uma consideração prática.
Mas agora gostaríamos de mostrar o Joey em diferentes andamentos.

[279] 14:13Os caras dentro do cavalo têm que ser capazes de ver fora.
Parado.

[280] 14:16Eles têm que ser capazes de atuar
(Relincho)

[281] 14:18na produção junto com seus companheiros atores.
Obrigado.

[282] 14:21E é uma atividade muito de momento na qual eles estão engajados.
E agora apenas...

[283] 14:24São três dirigentes interpretando um personagem.
(Aplausos)

[284] 14:27Mas agora nos gostariamos que vocês colocassem o Joey para caminhar.
Vindo da solarenga Califórnia

[285] 15:08E ficar em duas patas.
temos Zem Joaquin

[286] 15:13Whinny
que vai montar o cavalo.

[287] 15:25Obrigado
(Aplausos)

[288] 15:27A agora
(Aplausos)

[289] 15:29Aplausos
(Música)

[290] 15:37Da ensolarada Califórnia
Gostaríamos de salientar

[291] 15:39nós temos Zem Joaquin
que o desempenho que veem no cavalo

[292] 15:41quem irá cavalgar o cavalo para nós.
é de três pessoas que estudaram

[293] 15:43Aplausos
o comportamento dos cavalos muito minuciosamente.

[294] 16:38Aplausos
BJ: Não podem falar uns com os outros

[295] 16:48Música
enquanto estão em palco

[296] 17:09Então nós gostaríamos de enfatizar
porque há microfones.

[297] 17:11que a atuação que vocês veem no cavalo
O som que faz o enorme tórax do cavalo

[298] 17:13são três caras
- o relinchar, o resfolegar, tudo isso -

[299] 17:15que estudaram o comportamento de equinos incrivelmente bem.
começa habitualmente com um executante,

[300] 17:18BJ: Sem serem capazes de conversar um com o outro
continua com uma segunda pessoa

[301] 17:20enquanto estão no palco
e acaba com uma terceira.

[302] 17:22porque eles usam um pequeno microfone.
AK: Mikey Brett de Leicestershire.

[303] 17:24O som que aquele peito largo do cavalo faz -
(Aplausos)

[304] 17:27o relincho e os ruídos e tudo o mais
Mikey Brett, Craig, Leo,

[305] 17:30que começam geralmente com um intérprete,
Zem Joaquin e Basil e eu.

[306] 17:33continuam com uma segunda pessoa
(Aplausos)

[307] 17:35e terminam com a terceira.
Obrigado. Obrigado.

[308] 17:37AK: Mikey Brett de Leicestershire.
(Aplausos)

[309] 17:40Aplausos
--309--

[310] 17:47Mikey Brent, Craig Leo,
--310--

[311] 17:50Zem Joaquim e Basil e eu
--311--

[312] 17:53Aplausos
--312--

[313] 17:56Muito obrigado. Muito Obrigado
--313--

[314] 17:58Aplausos
--314--